O câncer colo-retal abrange tumores que atingem o cólon (intestino) e o reto, tanto homens como mulheres são igualmente afetados sendo uma doença tratável e freqüente curável quando localizada no intestino (sem extensão para outros órgãos).O câncer de cólon e reto é o segundo mais prevalente no mundo com estimativa de 2,4 milhões de pessoas vivas com diagnóstico nos últimos 5 anos. No mundo os tumores malignos que acometem o cólon e o reto a cada ano somam cerca de 945 mil casos novos. Nos países desenvolvidos a incidência de câncer de cólon e reto é maior do que nos países em desenvolvimento.
O prognóstico deste tipo de câncer pode ser considerado de moderado a bom, a sobrevida média em 5 anos é cerca de 40 a 50%.
A maior incidência de casos ocorre na faixa etária entre 50 e 70 anos, mas as possibilidades de desenvolvimento já aumentam consideravelmente a partir dos 40 anos, principalmente nas regiões mais desenvolvidas. No Brasil, estimativas recentes (www.inca.gov.br) apontam o câncer colo-retal como o 3º (quarto) tumor maligno mais freqüente para ambos os sexos, atrás de mama nas mulheres e próstata para os homens.
A análise dos dados coletados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostra que nos últimos anos o câncer colo-retal vem aumentando no Brasil.
O câncer colo-retal quando detectado em seu estágio inicial possui grandes chances de cura diminuindo a taxa de mortalidade associada ao tumor. Quando descoberto em estágio avançado o câncer colo-retal mata cerca de 50% de seus portadores, em estágios precoces esse número muitas vezes não chega a 10%.O início do câncer colo-retal quase sempre acontece através de um pólipo que cresce na sua parede. O pólipo é uma lesão benigna que se desenvolve na mucosa, que é a camada mais interna da parede do intestino. Geralmente não causa sintomas e pode se transformar em câncer com o passar do tempo.E quem tem pólipos? Qualquer pessoa pode desenvolver pólipos durante sua vida, mesmo os jovens. Muitas vezes, os pólipos surgem devido a doenças genéticas associadas dietas ricas em gorduras e pobres em fibras e fatores de riscos facilitam o aparecimento dos pólipos.
O que são os fatores de risco?
Idade maior do que 50 anos; história pessoal ou na família de pólipos; câncer no intestino, retocolite ulcerativa ou doença de Crohn, além de câncer em outros locais tipo mama, ovário, útero, mama, etc; radioterapia prévia (para câncer de útero ou próstata).Chamamos de rastreamento o conjunto de medidas tomadas para identificar os pólipos ou câncer ainda precoces nas pessoas ainda sem sintomas. Um dos métodos é pesquisa de sangue oculto através de análise de pequena quantidade de fezes procura se descobrir sangramentos pequenos, invisíveis a olho nu. O exame proctológico, que é o exame da região do ânus e do reto é importante também para se detectar o câncer no reto (porção final do intestino grosso). Nos indivíduos de risco a avaliação deve ser complementada através de um exame chamado colonoscopia.
A colonoscopia consiste na visualização de todo o intestino grosso com aparelho com pequena câmara na ponta que permite detectar pequenos tumores e pólipos, fazer biópsias, ou mesmo retirar e tratar alguns deles. A colonoscopia deve ser realizada em pessoas com risco normal, e que tenham sintomas, ou a critério de seu médico. As pessoas com risco aumentado devem iniciar a realização de colonoscopia aos 40 anos.
Os sintomas do câncer do cólon e reto incluem sangramento anal, sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, vontade freqüente de evacuar, dor ou desconforto abdominal ou à evacuação, anemia, fraqueza, perda de peso sem causa aparente. O diagnóstico da doença é feito através da biópsia por endoscopia e estudo no laboratório desta biópsia.
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