Cirurgia Digestiva e Colorretal

Cirurgia robótica na Coloproctologia - Um robô capaz de ser mais delicado

Em hipótese nenhuma estamos falando de dispensar o médico cirurgião ou as mãos humanas, como o título pode ter de sugerido pensar. A cirurgia robótica veio para trazer vantagens à cirurgia colorretal e, definitivamente não dispensa o médico

Hoje, a cirurgia robótica tem sido importante alternativa para cirurgias de abdomen e colorretal. No início, foi amplamente usada para cirurgias de próstata, com grande sucesso em seus resultados funcionais depois de ter, na verdade, surgido como um equipamento para possibilitar cirurgias à distância em situações de guerra, mas que por dificuldades técnicas não foi adiante para esse fim.

Por que você deve conversar com seu médico sobre esta possibilidade? Porque os braços e pinças robóticas têm movimentos mais finos, delicados, que permitem fazer cirurgias em locais com menos espaço, como é por exemplo a pelve.

Várias áreas da cirurgia migraram para a robótica, com sucesso maior ou menor. No geral, todas a áreas que exigem movimentos mais precisos em espaços mais confinados se beneficiaram inicialmente com essa tecnologia, mas em seguida todas aquelas que necessitam de mais delicadeza também tiveram grande benefício. A Coloproctologia foi uma das principais.

A justificativa inicial para uso da robótica foram as cirurgias do reto, que é a porção final do intestino grosso e fica habitualmente apertado na pelve. É uma cirurgia que exige movimentos finos, já que várias estruturas importantes estão ao seu redor, especialmente em homens, que tem pelves mais estreitas. No entanto, a delicadeza de movimentos, visão 3D em alta definição, e ergonomia para o cirurgião, fizeram com que pudesse ser usado em quase todas as cirurgias do abdome, com grande ganho.

O robô é capaz de cirurgias mais delicadas, com estabilidade de pinças e câmera, com menos trauma no paciente, o que pode se traduzir em cicatrizes menores, menor tempo de internação, menos dor, menos perda sanguínea, recuperação mais rápida e menos complicações pós-operatórias aos pacientes e, isso habitualmente justifica o maior custo para seu uso.

O cirurgião passa o tempo todo da cirurgia sentado de maneira confortável, chegando menos cansado para realizar as etapas finais da cirurgia com mais segurança e destreza. Além disso, especificamente na coloproctologia, as dissecções pélvicas passaram a ser feitas com melhor visualização e preservação dos nervos responsáveis pelas funções urinárias e principalmente sexuais, melhorando resultados dessas funções.

Assim, se houver a necessidade de cirurgia, verifique com seu médico se a cirurgia robótica pode ser uma boa opção!

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